sexta-feira, 15 de julho de 2011

 Ás vezes são tantos sentimentos misturados, atropelados, despedaçados que eu fico perdida, falo da minha cabeça que roda como um redemoinho de emaranhadas coisas, coisas sem sentido, sem porquê, sem razão de estar ali, falo daquele sentimento de querer sair por aí jogando tudo nas caras alheias, quebrando tudo, falo desse gosto amargo na boca, desse gosto de café amargo, falo dessa vontade de entender as coisas, de compreender, do sentimento de tristeza que bate, vai e vem, da alegria repentina sem querer, da ansiedade da qual não me larga, não vai embora, que me corrói, me faz entristecer como um final de tarde, que me traz lembranças todos os dias, aquele céu com as nuvens em um tom avermelhado, aquelas folhas secas, aquela rosa que você pôs atrás da minha orelha, tento mudar as coisas, tento me mudar, mas é tanta bagunça, tanta vontade de gritar, de fazer isso parar, falo da falta de concentração com o importante, que não é importante pra mim, da falta que a realidade me faz, mas que a solidão preenche.

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